Paul In Rio - versão II

Sim, andei ausente do blog. Além de muuuito trabalho, precisava de tempo para refletir sobre o que eu vi no dia 22 de Maio. Pode não ter sido do melhor lugar possível, mas garanto, foi uma das melhores sensações que já tive na vida.

Fiquei lá do alto da arquibancada, com a visão plena de um real espetáculo. A começar pela organização: milhares de pessoas em fila, sem brigas, todos na maior harmonia, esperando pra assistir o que seria fatalmente um dos maiores shows de suas vidas. Cara, eu ia ver um Beatle.

Cheguei cedo, entrei cedo, esperei por quase 3 horas antes do show começar. E não foi uma espera ruim, muito pelo contrário: pude conhecer muitas pessoas que compartilhavam do mesmo sentimento que eu, e estavam tão ansiosos quanto. Quando o dj começou a tocar as versões nacionais de músicas dos Beatles, resolvi aproveitar e comprar alguma coisa pra beber, porque vamos dizer,né, iria ser uma daquelas noites de muita cantoria e gritaria. E frio, bota frio nisso.

Quando o dj foi embora, começou uma avalanche de vídeos em forma de montagem do Paul na tela. Tava chegando a hora. Quando o vídeo acabou, quando as luzes diminuíram, quando os gritos aumentaram....

Eis que surge Sir Paul.
Meu primeiro pensamento foi "car%$¨*(, porque raios eu não comprei o ingresso de segunda também??". Sim, porque logo que ele entrou, já dava pra notar que seria algo absurdo.

O Paul toca muito (novidade ¬¬), o Paul canta muito (novidade ¬¬ [2]), o Paul é super simpático, o Paul lia tudo que colocavam na frente dele, o Paul interagia, o Paul pulava, o Paul se emocionava com o público.

Diferente de muitos artistas que já são consagrados, o que chega a ser uma ironia pois sir Macca é provavelmente o maior deles vivo e na ativa, ele é atencioso e principalmente devotado ao seu público. Dava pra ver nitidamente a importância que ele dá aos seus fãs, o amor que ele sente. Quando começou a chuva de balões e "na na na's" em Hey Jude, ele simplesmente parou e ficou embasbacado. "Rio, you guys are so cool!"

Tudo bem que ele deve falar isso em todos os lugares que ele se apresenta, mas e daí? O que importa foi o que eu senti na hora. Não preciso nem entrar no quesito banda, porque MEU DEUS, QUE BANDA! Todos altamente afinados, entrosados. Nenhuma falha.

Obladi, Obladá!

No quesito setlist, o que dizer? Paul tem um repertório tão vasto, tão completo que é óbvio que faltariam várias pra ser "meu show perfeito". E na realidade, elas nem precisaram ser tocadas. My love, por exemplo, ele tocou em sampa e no sul, e aqui não. Nem por isso considerei o show melhor ou pior. Ele fez jus aos fãs de Beatles, Wings e seu trabalho solo. Nem vou me prolongar nas músicas senão esse post não acaba nunca.rs

Agora, se teve uma que mexeu absurdos comigo, que me tirou das estribeiras foi Let it be. Quem me conhece sabe a importância que essa música tem pra mim. Quando ele começou os primeiros acordes, eu desabei. Foi uma catarse das melhores possíveis.

Depois de 3 horas de efeitos especiais, momentos intimistas e dancinhas de baterista, tenho que dizer que o melhor do show do Paul foi O PÚBLICO. Nunca vi um coral tão afinado, tão apaixonado, tão devoto quanto o que estava no show. E olha que eu já fui em bastante, viu!

Sir Paul, volta logo. Não sei se aguento ficar tanto tempo sem te ver de novo. rs